Craig Wright, um australiano que afirmou ser o inventor da Bitcoin, foi encaminhado nesta terça-feira (16) aos promotores britânicos por cometer suposto perjúrio. As informações são da Reuters.
O juiz da Suprema Corte britânica, James Mellor, decidiu encaminhar um caso contra a alegação de Wright de ser o inventor da Bitcoin ao Crown Prosecution Service (CPS) – que é a organização que processa casos criminais investigados pela polícia na Inglaterra e no País de Gales.
O CPS irá agora considerar se Wright deve ser processado pelo que Mellor chamou de “perjúrio em grande escala e falsificação de documentos” e decidir se é necessário um mandado de prisão e possível extradição.
Wright permaneceu em silêncio desde que uma decisão do Tribunal Superior foi emitida alegando que ele havia mentido “extensa e repetidamente” em suas evidências, tentando provar que ele era o inventor da Bitcoin, Satoshi Nakamoto.
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Ele acrescentou que, ao apresentar sua reivindicação de ser Satoshi Nakamoto por meio de ações legais no Reino Unido — bem como na Noruega e nos EUA —, Wright cometeu “um abuso muito sério” do processo dos tribunais.
Um porta-voz de Wright não respondeu imediatamente a um pedido de comentário feito pela Reuters.
No site oficial de Wright, cujo conteúdo foi apagado logo após a decisão de Mellor, um aviso legal foi postado na terça-feira que dizia: “Dr. Craig Steven Wright não é Satoshi Nakamoto”.
Este aviso, que reitera o entendimento de que Wright não foi o inventor da Bitcoin, observa que ele foi ordenado a não iniciar qualquer processo judicial com base em suas falsas alegações.
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
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