Índices de renda variável também foram destaque positivo, enquanto dólar, euro e ouro tiveram retorno negativo.
Depois de despencar 66% e terminar 2022 como o pior investimento do ano, o bitcoin (BTC) fez o caminho inverso em 2023 e terminou com a maior rentabilidade ao investidor. A alta foi de 134,7% neste ano.
O levantamento, feito por Einar Rivero, diretor da Elos Ayta Consultoria, confirma o cenário já esperado pelo mercado diante do desempenho da principal criptomoeda do mercado nos últimos meses.
Em artigo publicado na última sexta-feira (22), o especialista Timothy Fries, do Investing.com., comentou que “a recuperação do bitcoin começou nos primeiros dias de 2023”, quando “a criptomoeda se reergueu diante de preços baixos, volumes reduzidos e condições econômicas adversas”.
Mas ele destaca que “a maior parte de seus ganhos veio mais tarde no ano, quando a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, entrou com um pedido para lançar um fundo de investimento em bitcoin no mercado à vista (ETF)”.
Para o novo ano, Fries diz que, “com crescentes expectativas de que a SEC (a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) aprovará o tão esperado ETF de bitcoin no mercado à vista e o próximo evento de halving, muitos estão confiantes de que a principal criptomoeda ampliará seu ímpeto em 2024”.
Fora do mundo cripto, em um ano caracterizado pela redução da taxa Selic, o destaque positivo para o investidor ficou por conta do mercado de renda variável. Segundo o levantamento da Elos Ayta, o segundo melhor retorno da lista (atrás do bitcoin) foi do IDIV, indicador da bolsa de valores que acompanha o desempenho das ações de empresas que são consideradas boas pagadoras de dividendos. A alta foi de 26,84%.
O BDRX, que acompanha o desempenho de BDRs (recibos de ações estrangeiras negociados no Brasil), também ficou entre os melhores resultados – mesmo com a queda do dólar. A alta foi de 26,33%, após o tombo de 28% em 2022.
Logo na sequência ficou o Ibovespa, principal indicador da B3, com alta de 22,28%, o melhor desempenho desde 2019.
Teve retorno positivo ainda o índice de Small Caps, que fechou o ano com uma valorização de 17,12%, “marcando uma reviravolta positiva após três anos de rentabilidades negativas, de 2020 a 2022”, destaca Einar Rivero.
A moeda norte-americana teve um novo ano de perdas em relação ao real. O retorno do dólar Ptax ficou negativo em 7,21%, figurando como pior desempenho na lista da Elos Ayta.
O dólar comercial terminou o ano em R$ 4,85. Mas, para 2024, a previsão do mercado, considerando o Boletim Focus, é de alta da moeda. A projeção da edição mais recente é de câmbio em R$ 5 ao término do ano que vem. Para 2025 e 2026, as estimativas são de R$ 5,05 e R$ 5,10, respectivamente.
Apesar de apontarem para cima, as estimativas vêm recuando nas últimas semanas. O Itaú, por exemplo, revisou sua projeção de câmbio para R$ 4,90 por dólar em 2024, de R$ 5,25 anteriormente.
“Vemos melhora no ambiente internacional, com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) começando a cortar juros mais cedo no ano que vem. Além disso, o prêmio de risco doméstico em nível baixo e o bom desempenho da balança comercial oferecem suporte para a moeda. Projetamos câmbio em R$ 5,10 por dólar em 2025”, escreveu o banco em relatório.
Ainda entre os piores investimentos de 2023, completam a lista de retorno negativo o euro, com baixa de 3,43%, e o ouro, com perdas de 5,96. Já o menor retorno positivo veio da poupança, com 8,21% – o melhor desempenho desde 2016.
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Jornalista de economia, finanças e mercados no InvestNews. Formada em jornalismo pela faculdade Cásper Líbero e com MBA em Economia Brasileira pela Fipe, atuou em redações como Jornal da Tarde, o Estado de S.Paulo e G1/TV Globo.
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