'ChatGPT do agro' e irrigação ligada à distância: uso de dados muda o campo – Tilt

As milhares de máquinas agrícolas operando no campo pelo Brasil fazem bem mais do que plantar, colher ou irrigar. Também geram dados que afetarão a cadeia produtiva do agronegócio.
O momento inédito e histórico de sinergia entre produtores e empresas de tecnologia tem ajudado empresários rurais a tomar decisões mais rápido, companhias a acompanharem remotamente a aplicação de insumos e até decidirem se está na hora de acionar irrigação na lavoura.
Além dos dados serem gerados e reunidos em nuvem, é preciso tratá-los e analisá-los, explica Fernanda Spinardi, líder de Gestão de Soluções para Clientes na AWS (Amazon Web Services), durante o evento ‘Brasil do Futuro – Agrotech’, realizado pelo UOL, em São Paulo. Um dos clientes da AWS é a Amaggi, um dos maiores produtores de grãos do Brasil.
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“Esta é uma das empresas do mercado agrícola que utiliza a infraestrutura da AWS para construir esse ecossistema de soluções, que vai desde a captura de informações através de sensores nos tratores ou no campo, até trazer esses dados para dentro do Data Lake para, de fato, a inteligência ser usada no manejo de campo”, ela explica.
No caso da Amaggi, são mais de oito milhões de imagens de satélite geradas e tratadas em nuvem, para saber como está a condução de 154 mil hectares.
Diante desta enormidade de dados gerados dentro da porteira, o agronegócio percebeu a necessidade de se aliar a empresas de tecnologia. Guilherme Belardo, líder de desenvolvimento de negócios digitais da Bayer para América Latina, conta que a empresa tem mapeado no Brasil 28 milhões de hectares. Em todo mundo, são 90 milhões de hectares. O processo começou em 2015.
“A gente viu que, por ser uma empresa do agro, não tinha todos os recursos necessários para fazer essa infraestrutura de tratamento de dados. Daí, nos associamos com a Microsoft, que não tem o conhecimento agronômico”, diz.
A parceria levou a uma “evolução da agricultura digital”, que já gerou uma espécie de “ChatGPT do agro”.
A ferramenta vai responder perguntas sobre o histórico de produtividade da lavoura. Por exemplo, saber qual variedade de milho obteve resultados melhores ao longo de uma década ou qual foi o consumo de combustível da frota de tratores. Com o histórico, por exemplo, Belardo diz que será possível decidir de maneira mais precisa em quais insumos investir e quais é preciso economizar. O sistema ainda está em fase de prova de conceito.
A geração de dados não beneficia apenas o produtor rural. Impacta também segmentos como os setores de crédito e seguro rural. Além disso, esta etapa da agricultura digital viabiliza a aplicação de questões regulatórias e de sustentabilidade.
Guilherme Belardo exemplifica: seguradoras podem elaborar seguros com base nos dados de produtividade ou nas condições climáticas de determinado talhão, em vez de usar a média praticada pela Companhia Nacional de Abastecimento.
Fernanda Spinardi conta que o governo estadual do Pará conseguiu avançar na avaliação de 43 mil registros do CAR (Cadastro Ambiental Rural) graças à plataforma Selo Verde, desenvolvida em parceria com a AWS. A estimativa é que, de forma manual, a validação da documentação demoraria cerca de 20 anos.
Um grande balizador nesse processo é a Lei Geral de Proteção de Dados. A executiva afirma que a AWS não acessa dados transportados ou armazenados dentro do ambiente da nuvem. “Temos um amplo ferramental é de tecnologia e um amplo ecossistema de parceiros também para ajudar o cliente atingir esse grau de segurança”, complementa.
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Já o líder de negócios digitais da Bayer reforça que o dado pertence ao agricultor e é ele o único responsável pelo compartilhamento. “Ele tem que entrar no site e fazer uma autenticação em todos os termos dos dados que está compartilhando e com quem ele quer compartilhar. Só aí o dado é coletado”, afirma.
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