Pesquisas de dados recentes realizadas pelo Ministério de Saúde de Gaza analisam que a ofensiva de Israel sobre a Faixa de Gaza já pode ter matado mais de 180 mil palestinos, o que seria 8% da população local, ao contrário do que dizem os dados da ONU e da UNRWA (Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos). O número pode aumentar ainda mais enquanto não houver um cessar-fogo imediatamente. É urgente se apoiar nas mobilizações internacionais para pôr um fim ao genocídio e por uma Palestina Livre!
Noah Brandsch
Os dados das mortes na Faixa de Gaza são extremamente difíceis de serem contabilizados, devido à destruição cada vez maior de qualquer infraestrutura básica, o que dificulta a identificação das mortes, além de mortes posteriores causadas a partir de danos imediatos dos bombardeios, visto também a destruição quase total dos hospitais e a falta de insumos médicos necessários. A dificuldade de contabilizar o total de mortos também se dá pela não identificação dos corpos, em que cerca de 30% do total não são identificáveis. Soma-se a isso a destruição de 35% dos edifícios de Gaza, com uma estimativa de 10 mil corpos soterrados não contados nos números oficiais da ONU.
A contabilização de 37.396 mortos, segundo as agências internacionais, vista por muitos analistas como conservadora, pode-se tornar muito maior com as mortes indiretas causadas pelo conflito. A falta de infraestrutura sanitária e médica básica, a fome e sede severa, a destruição das moradias, a impossibilidade de fuga para locais seguros devido ao cercamento das fronteiras e o bloqueio à ajuda humanitária, são fatores que aumentam exponencialmente a catástrofe perpetrada por Israel e seus aliados imperialistas.
Nos conflitos recentes, estima-se que as mortes indiretas decorrentes destes variam entre 4 a 15 vezes o número de mortes diretas. Aplicando uma estimativa conservadora nos números de mortes diretas, mesmo tendo uma dificuldade de se saber o número exato destas, é possível atribuir um número de mais de 186 mil mortes decorrentes do conflito, entre mortes diretas e indiretas. Isto seria 7,9% dos 2,2 milhões de palestinos sobreviventes em Gaza hoje. Um genocídio sem precedentes na história da humanidade. Estas estimativas apenas tendem a subir enquanto não houver um cessar-fogo imediato. Isso sem contar o risco de epidemias, muito recorrentes em guerras e com a destruição de infraestrutura sanitária básica, o que poderia aumentar ainda mais este número de mortos, ou melhor, assassinados por Israel.
Para reverter este número, se coloca em primeiro plano a urgência de um imediato cessar-fogo, mas também da reconstrução de toda a infraestrutura da Faixa de Gaza. Isso apenas se dará com o fim da ocupação sionista no território histórico da Palestina, do Rio Jordão até o Mar Mediterrâneo. Isso só é possível se apoiando na luta internacional da juventude, dos trabalhadores e diversos povos do mundo contra o genocídio, e pela ruputura total dos governos que colaboram com este massacre através das relações econômicas, diplomáticas e militares com o Estado de Israel, incluindo no Brasil.
Os dados do artigo podem ser conferidos aqui.
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